Realmente há centenas de traduções da Bíblia apenas em língua portuguesa, contando desde a primeira tradução do latim em 1343 e o Novo Testamento traduzido do grego, por João Ferreira de Almeida, em 1676.
A justificativa para haver novas traduções são principalmente duas: a língua muda através do tempo; as palavras perdem e ganham novos sentidos. Além disto, os estudiosos das línguas originais (hebraico, aramaico e grego) descobrem novas definições e nuanças de palavras e expressões, o que força a revisar as traduções ao longo do tempo.
Outra coisa, os tradutores seguem princípios de traduções diferentes, que são: a equivalência formal (literal), a equivalência funcional (dinâmica) e a paráfrase.
Estas filosofias diferem em seu objetivo. As traduções formais estão pensando em serem mais próximas ao que está literalmente escrito no texto original. Há várias destas em português: Almeida Corrigida, Almeida Corrigida Fiel, Almeida Atualizada, etc. Essas traduções são muitas vezes difíceis de ler para quem tem pouca escolaridade.
As traduções mais funcionais ou dinâmicas, querem alcançar um público menos erudito, para que todos possam ouvir e compreender a mensagem bíblica, na sua linguagem atual. Então o foco está mais no leitor. Há várias destas em português: Nova Versão Internacional, Nova Versão Transformadora, Nova Almeida Atualizada, Almeida Contemporânea, Almeida Século XXI, etc. As traduções funcionais é um equilíbrio entre as formais e as paráfrases.
As paráfrases também estão pensando mais no leitor, mas a ideia é como seria colocar em outras palavras o que o autor bíblico queria dizer, para que até um jovem de 12 anos possa entender.
Por fim, traduções formais são indicadas para fazer estudos bíblicos aprofundados, enquanto as dinâmicas são boas para a evangelização e pregação pública.
Mas, o mais importante de tudo é você ler a Bíblia na tradução que te for mais acessível.